Labirinto de Palavras

Carlos Teixeira Lopes

Saturday, November 27, 2004

Onde estás? Estás aqui...

Onde estás que não te sinto? Onde está o teu lóbulo para eu acariciar? Sem ti a minha vida é um mártir de guerra, aparecendo aqui e ali insuficientes trincheiras para meu refúgio! Quero poder sentir o teu regaço sem paragens, sem interrupções, o teu jeito de menina mulher transcende-me, a exactidão do teu olhar trespassa-me o abdómen, como uma faca aguçada perante mim e que me deixa à beira do precipício,...mas eu não quero cair, resistirei, se for necessário suarei, até porque o odor que é projectado das minhas axilas nunca foi nem nunca será orripilante,...descobri as coordenadas da felicidade a partir do momento em que a minha vida se perpetuou na tua, consigo sentir o que queres com um simples olhar, com um modesto gesto que ninguém entende, eu compreendo-o e faço, farei tudo para fazer parte da tua plena consciência amorosa, da tua intensidade sentimental, pois sem ti a meu lado...! Na realidade omiti a verdade, estás longe mas sinto o teu cheiro como se as nossas linhas muco-gengivais estivessem coladas, vejo o teu olhar a invadir o meu, consigo sentir que sem ti a meu lado, por mais descabido que seja (ou não), estás aqui, bastando para isso fechar os olhos e sentir a beleza da tua presença dentro do meu peito!

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